domingo, 5 de janeiro de 2014

Oráculos: Adivinhação ou Orientação?




Costumo dizer que, ao oferecer uma consulta, é interessante que o oraculista exerça um papel educativo, além daquilo que normalmente já se espera deste profissional. Faço esta afirmação com base em minha experiência de atendimentos, e por notar o quanto algumas pessoas contam apenas com uma ideia superficial do sentido da arte oracular. A consequência disso é uma expectativa que provavelmente não será bem atendida.

Até aí tudo normal, afinal quem procura um oraculista não possui estudos e compreensão do significado deste ofício. Justamente por isso, é preciso esclarecer alguns pontos e desmistificar aquilo que não está claro. Uma oportunidade de explicar o que fazemos não pode ser desperdiçada, não podemos "deixar como está" em alguns casos.

Não é fácil desvincular a adivinhação daquilo que fazemos, mas é preciso mostrar que fazemos mais do que isso. Adivinhar é prever, e previsão pode ou não se cumprir. Portanto, é preciso ter cuidado com aquilo que transmitimos aos consulentes.

É bastante válido informar que cada pessoa é responsável pela construção de seu próprio destino, e portanto não é sensato confiar tudo aos oráculos. Uma consulta de Tarot ou Baralho Cigano, por exemplo, é de muita utilidade para nos mostrar as possibilidades com as quais iremos nos deparar diante de cada questão colocada. Porém, mais do que nos informar o que poderá acontecer, as cartas nos preparam para lidar de forma satisfatória com algumas circunstâncias que surgirão em nosso caminho.

Sempre que as cartas são usadas com responsabilidade, poderemos adquirir parâmetros para aproveitar melhor uma oportunidade ou evitar uma cilada. Isso serve tanto para os próprios oraculistas quanto para seus consulentes.

A forma de lidar com oráculos é muito variada entre os profissionais do ramo, e certamente algo que não é elegante de se fazer é questionar o conhecimento ou a forma de trabalhar de um colega. É preciso lembrar que não lidamos com uma ciência exata, mas subjetiva, e assim torna-se quase impossível haver um "dono da razão". 

Contudo, acho importante não vender ilusões, pois é indelicado brincar com as incertezas alheias. Inspirado nesta ideia é que decidi criar o presente texto, e espero que sirva bem a quem dedicar um breve momento de seu tempo com a leitura.

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