Prioridades e Iniciativas

É possível criar novas oportunidades na vida, bastando traçar metas e agir com base em um planejamento. Erguer a cabeça e olhar para o horizonte irá funcionar, contanto que tenhamos foco em um determinado ponto que esta imagem propicia.

A paisagem pode ser bela e apresentar muitos detalhes, tanto que algumas vezes nos distraímos sem notar que deixamos de lado o que realmente convém. O que desejamos pode realmente acontecer, pois somos co-criadores da Vida. Cada um de nós traz dentro de si o potencial e as habilidades necessárias para dar forma ao que desejamos ver materializado. No entanto, isso não acontece apenas com a força do pensamento e da imaginação.

Devido às mais diversas circunstâncias, corremos o risco de ficar tão desorganizados, seja no aspecto material, mental, emocional ou espiritual, que não sabemos por onde iniciar uma modificação. Porém, isso não importa para quem compreende qual é o seu papel dentro do espaço em que ocupa. Realmente não há como sanar todas as dificuldades de uma só vez, mas é perfeitamente possível verificar a prioridade e começar a agir. Ter coragem, foco, iniciativa e também persistência, pois não há passe de mágica que resolva tudo instantaneamente.

Explorar as possibilidades que a vida oferece não é para qualquer um, apenas para os que estão verdadeiramente dispostos a conhecer um pouco mais sobre si. Olhar para a frente e começar a caminhar sem ter a ciência de onde se quer chegar, nada mais é do que uma simples peregrinação sem qualquer destino.

Vislumbrar Novos Horizontes

Quando nos encontramos em posição contrária em relação a como gostaríamos que a vida caminhasse, é necessário compreender o motivo deste acontecimento. De modo geral, as circunstâncias são tanto internas quanto externas, já que algumas de nossas atitudes possivelmente provocaram estagnação, mas também a própria vida pode ter se encarregado de nos mostrar que estávamos no caminho equivocado.

Seja como for, o que realmente importa quando sentimos a necessidade de conferir maior dinamismo aos nossos dias, é saber que que sem iniciativas nada acontecerá. De nada adianta lamentar-se do que já passou sem a devida atitude para modificar circunstâncias que desagradam, de nada adianta viver em condição de autopiedade.

Se, por qualquer razão, a vida até aqui não aconteceu conforme nossos planos, é possível mudar o foco e considerar alternativas. Um "plano B" pode se tornar a principal atividade, desde que estejamos dispostos a lidar com a libertação de certos paradigmas. A melhor forma de voltar a caminhar é considerar novas opções, ter interesse no aprendizado, em desenvolver novas habilidades e, principalmente, agir com dedicação e esmero na perseguição de novos objetivos.

Identificar o que é necessário fazer a partir de agora não basta. Sem a força aplicada ao trabalho de forma disciplinada, absolutamente nada de novo irá surgir.

A Responsabilidade das Escolhas

Ter a chance de tomar certas decisões na vida é o que há de mais natural, pois é justo que todos os indivíduos tenham opções e possam escolher aquilo que desejam para si. A grande cilada na qual muitos à nossa volta sucumbem, e até nós mesmos em dados momentos, consiste na forma como lidamos com as escolhas que estão ao nosso alcance.

Se por um lado a vida fornece opções, mostrando que não há rigidez em nossos caminhos, por outro certamente somos responsabilizados pelas escolhas que assumimos. Neste ponto da conversa, algumas perguntas são pertinentes. Vamos a elas:

- Quanto será que estou preparado para exercer o poder que me foi atribuído?

- Quanto de fato conheço minha própria vocação para direcionar as energias da forma mais saudável e assim preparar o meu caminho?

- Até onde vai minha ciência de que não poderei culpar a ninguém caso sofra um infortúnio?

Se você consegue encontrar respostas aceitáveis para as questões acima sem tanta dificuldade, significa que já entendeu como é caminhar equilibradamente. Você consegue aplicar razão e emoção em sua vida nas medidas adequadas para se poupar de sofrimentos desnecessários. Contudo, esta conquista ainda não te privará por completo de errar e ter que assumir a responsabilidade por cada equívoco, seja consigo ou com seu semelhante.

Sempre que for necessário fazer escolhas, que elas estejam de acordo com nossas próprias convicções. Ninguém tem o direito de nos privar de nossos próprios erros e acertos, de nossa própria necessidade evolutiva. Quanto mais nos basearmos em conselhos externos para descobrir quem somos, mais estaremos aprisionados em situações pouco convenientes e a visão será cada vez mais turva devido ao poder mal exercido. Poder este que a todos é ofertado, sendo que a diferença se encontra no fato de que a minoria das pessoas desenvolveu a percepção para identificá-lo e, principalmente, usá-lo em próprio benefício.

Diante de situações que envolvem escolhas, se a indecisão começar a tirar a sua paz, faça uma pequena pausa. Imagine que não é imprescindível resolver tudo de uma vez, porém jamais deixe de ser quem você é para tomar qualquer decisão. Isto seria começar da forma errada, e aquilo que começa errado dá mais trabalho para consertar.

Esoterismo: o que escolher?

Qualquer pessoa que, em dado momento de sua trajetória de vida, tenha a atenção atraída por atividades enquadradas nas práticas esotéricas/holísticas, normalmente começa a tatear a área com o intuito de compreender como as coisas funcionam, para então criar coragem e dar o primeiro passo.

    Há quem comece pelo estudo dos florais, outros pela radiestesia, outros ainda pelo reiki, tarot, etc... Como sabemos, há uma infinidade de cursos, livros, apostilas e propagandas. Logo após os primeiros estudos, iniciam-se as práticas, e os resultados colhidos normalmente são muito interessantes, até mesmo empolgantes!

    O caso é que poucos são os indivíduos que escapam das dúvidas na sequência desta caminhada pelo esoterismo. Dificilmente alguém sabe exatamente como proceder, pois são tantos os cursos, há tanto a conhecer... Neste ponto é que talvez caiba um questionamento: será que realmente informação nunca é demais e não ocupa espaço ou cria-se uma grande confusão com tanta oferta?

    Não tenho a presunção de emitir críticas, e menos ainda a de censurar os amigos de divulgar o trabalho que realizam, mas talvez seja válido colocar um pouco de freio neste frenesi de tantos certificados e qualificações adquiridos por uma só pessoa. Será mesmo possível um terapeuta ter tanto a oferecer e ser capaz de resolver tantas dificuldades alheias sem se afetar? Até mesmo a forma como a pessoa se apresenta fica confusa, pois seu ofício não está bem definido. Naturalmente, quem pretende estudar um pouco de cada coisa, pode fazer isso! Aplicar tudo o que se estuda de uma só vez é que não é funcional.

    Quem oferece cursos pode ter o cuidado de conhecer os propósitos de seus alunos e orientá-los da melhor maneira possível, justamente para que exista direcionamento. O número de alunos matriculados e a soma da quantia financeira não pode prevalecer em detrimento da qualidade daquilo que se oferece. Os próprios alunos percebem quando fizeram um bom curso ou apenas compraram um certificado ao qual darão pouca utilidade.

    Tudo o que se aprende ou pratica nesta área, serve para levar um pouco de paz ou certeza a quem disto carece, propiciando equilíbrio e bem-estar. É uma questão de consciência!

Interpretando e Pensando...

Consegue manter-se forte aquele que não menospreza o valor do conhecimento que adquire. O maior tesouro que podemos obter, e que sempre nos pertencerá, é o aprendizado proveniente dos estudos, sejam estes formais ou informais. O que vale é buscar informações a respeito daquilo que se pretende conhecer.

     Não podemos esperar passivamente que alguém nos mostre como as coisas funcionam. É necessário mover-se para sair do lugar, literalmente.

     A discrição é também parte da receita para uma vida equilibrada, já que toda energia bem direcionada surte maior efeito em relação àquela que se espalha. Por mais que as pessoas à nossa volta sejam bem intencionadas, elas poderão interferir de alguma forma em nossa caminhada. Na dúvida, o melhor a fazer é confiar na própria força, sem que energias externas prejudiquem o nosso foco.

     Quase sempre convém ponderar sobre arriscar novas conquistas ou prezar pela manutenção do que já foi alcançado, de fato lutando para cuidar daquilo que é nosso. Poupar-se poderá prevenir perdas, e, consequentemente, o arrependimento.